quinta-feira, 21 de maio de 2009

Petição pelo Dia da Fertilidade

E mais uma vez o grupo pede a vossa colaboração: no site http://www.peticao.com.pt/dia-nacional-fertilidade terá a possibilidade de assinar uma petição para o reconhecimento legal do dia 21 de Junho como Dia Nacional da Fertilidade. A sua colaboração é bastante importante já que faltam poucas assinaturas para ser atingido o objectivo. Desde já obrigado pela vossa colaboração!


Carrinhos de bebé vazios na Assembleia da República

A Associação Portuguesa de Fertilidade cria protesto inovador que consegue chamar a atenção para os problemas de uma grande quantidade de portugueses que nos últimos anos têm tido poucos apoios.

"A Associação Portuguesa de Fertilidade (APF) promoveu esta quarta-feira uma acção de sensibilização com carrinhos de bebé vazios em frente ao edifício da Assembleia da República, marcando a passagem de um ano desde o anúncio do governo para os apoios à Procriação Medicamente Assistida (PMA), durante a discussão sobre o Orçamento de Estado para 2008.
A APF não reuniu mais de 15 pessoas nesta acção, mas demonstrou a sua insatisfação face ao atraso no apoio estatal aos tratamentos de fertilidade e PMA.

Dos 1700 nascimentos decorrentes de PMA prometidos pelo Governo em 2007 ainda não se verificou um único nascimento. A APF continua a afirmar que, ainda assim, este até foi dos governos que mais fez em relação aos problemas de fertilidade.
Contudo, os resultados ainda estão longe de estarem resolvidos e a solução no sistema de saúde público manifesta-se como sendo insuficiente, quer em relação ao tempo de espera (com casos que chegam a atingir os 8 anos), quer em relação ao regime de apoio na compra dos medicamentos suplementares ao tratamento que atingem também valores muitos elevados.

Infertilidade: casais esperam há um ano por apoios
Na opinião de Filomena Gonçalves, da APF, o objectivo desta acção de sensibilização é «alertar o governo para os atrasos na aplicação efectiva dos financiamentos prometidos no orçamento de estado do ano passado para a procriação medicamente assistida» e protestar contra o facto das «seguradoras não co-participarem os tratamentos ligados à infertilidade».
Segundo as declarações da representante da APF, o segundo objectivo da acção passa por reivindicar «a criação de um banco público de gâmetas», pois «neste momento os casais que necessitam de recorrer para procriar a dadores de esperma ou de ovócitos não tem um sitio público para o fazer e tem de recorrer ao privado onde os tratamentos chegam a ser muito caros para as nossas bolsas».
O sistema privado continua a ser uma das únicas hipóteses viáveis para o tratamento deste género de doenças ainda muito estigmatizadas por uma sociedade que continua a não querer encarar, com sentido de igualdade, os problemas sentidos por quem sofre de problemas de fertilidade."



(caso nao consiga visualizar o vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=o0e6vaaok3g)

Portuguesas vão vender óvulos a Espanha

Sinal da crise, de uma nova sociedade de consumismo ou de proprinas elevadas, cada vez mais são as universitárias que se deslocam para Espanha a fim de doarem os seus óvulos, colocando-se em situações de risco. É ainda de salientar o facto de a doação de óvulos não ser devidamente paga, isto quando se comparando à doação de espermatozóides que se trata de um processo sem riscos.


Esta notícia reflecte essas mesmas questões...


"Há cada vez mais mulheres portuguesas a vender os seus óvulos em Espanha. São jovens, a maioria em idade universitária, que vivem e estudam nos grandes centros urbanos do país vizinho, muitas ao abrigo do programa Erasmus (que facilita a mobilidade dos estudantes) e que, em troca de quase 1000 euros, doam os óvulos – algo proibido em Portugal.No Instituto Marques, em Barcelona, um dos maiores centros de reprodução de Espanha, depois das catalãs, são as portuguesas as maiores dadoras. Seguem-se as alemãs e as holandesas. Ali, cada doação vale 900 euros.Sem querer revelar números, Marisa López-Tejon, directora de reprodução assistida do Instituto Marques e especialista em reprodução in-vitro, garantiu ao CM que as portuguesas dadoras têm aumentado de ano para ano. “São jovens que têm demonstrado uma grande sensibilidade para o problema da infertilidade e que chegam aqui com o desejo de ajudar outras mulheres. Em Portugal, a lei proíbe a doação de óvulos. Por isso, as mulheres portuguesas fazem-no em Espanha”, diz.Quanto à contrapartida financeira, aquela responsável nega que essa seja a principal motivação. “Estamos a falar de jovens de um nível sócio-económico médio alto, que estudam fora do seu país e que têm pais com um elevado poder de compra”, afirma. Da mesma forma há também, segundo Marisa López Téjon, “cada vez mais portuguesas que recorrem a clínicas espanholas para engravidar com óvulos de dadoras”.
António e a sua mulher, Mariana foram um dos muitos casais portugueses que recorreram a uma dessas clínicas. O problema de infertilidade começou por causa de uma baixa contagem de espermatozóides, mas rapidamente se percebeu que também Mariana tinha problemas. “Recorremos então a dadores de ovócitos em Espanha porque cá não é permitido”, conta. Agora, depois de recorrerem a um processo de doação dupla, António e Mariana encontram-se na fase a que se chama de “adopção” do embrião, um processo caríssimo que ronda dos 9000 euros. “Há casais que fazem empréstimos e que se endividam para conseguirem vir a Espanha”, diz António.Esta realidade, contudo, pode vir a mudar muito em breve, já que a nova lei de Procriação Medicamente Assistida (PMA), ontem aprovada na Comissão Parlamentar de Saúde, contempla não só a doação de espermatozóides, mas também a de ovócitos e embriões. Ontem foi também formalmente apresentada a primeira Associação Portuguesa de Infertilidade, uma organização que visa dar apoio a todos os que sofrem com uma doença que já foi, inclusive, reconhecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS). “Ainda existe muita vergonha por parte das pessoas que sofrem deste problema. O desgaste emocional é muito grande. E é preciso que sejam apoiadas”, diz Cláudia Vieira, porta-voz daquela Associação."



Estados Unidos lançam programa para adolescentes preservarem a fertilidade

Uma das notícias que o grupo destaque... Penso que depois de a lerem vão perceber o porquê dos problemas de fertilidade terem de ser combatidos já enquanto jovens! Um problema que é normalmente associado a pessoas com mais idade, começa muito mais cedo, pelo que se certos comportamentos forem evitados, a sua probavilidade diminui consideravelmente.



"Especialista brasileira diz que é muito comum negligenciar a possibilidade de gerar um filho quando se é muito nova - Acaba de ser lançado o “Manicures and Martinis”, programa desenvolvido pela American Fertility Association para ampliar a divulgação do ‘sim’ e ‘não’ na preservação da fertilidade. A série deve circular por 20 grandes cidades note-americanas e é coordenada pelo doutor Jamie Grifo, da Faculdade de Medicina de Nova York, e conta com a participação de importantes especialistas em Medicina Reprodutiva.
O programa chama atenção para o fato de que é grande o número de mulheres com menos de 30 anos mais interessadas em evitar uma gravidez do que em ficar grávidas. Apesar de haver inúmeros tratamentos que possibilitam uma gestação segura até mesmo depois dos 50 anos, o problema é o descuido que se tem quando não se está levando em consideração o futuro, como se expor a determinadas toxinas, empregar os meios apropriados para evitar doenças sexualmente transmissíveis etc. “Há jovens de 19 anos que já não podem ser mães”, diz Grifo.
Na opinião da médica ginecologista Silvana Chedid, especialista em Reprodução Humana, a prevenção das DSTs desde a iniciação sexual deve ser tratada com mais seriedade pelos adolescentes. “No Brasil, o alto índice de gravidez na adolescência e até mesmo de abortos e transmissão do vírus da Aids reflete a necessidade urgente de programas educacionais para valorização da saúde sexual dos jovens. Para se ter uma idéia da gravidade do problema, as drogas são responsáveis pela maioria dos casos em que a investigação da infertilidade se mostra complexa.”
A doutora Silvana afirma que não são apenas o fumo, a maconha, a cocaína e o álcool que podem comprometer a saúde sexual, mas até mesmo medicamentos para depressão, ansiedade, pressão alta, e algumas fórmulas com finalidade de emagrecimento. “Essas drogas podem levar à infertilidade permanente, se usadas por tempo prolongado. Nas mulheres, podem resultar em disfunção ovulatória, irregularidades menstruais e diminuir a reserva ovariana, comprometendo seriamente a capacidade de engravidar”.
Para reduzir riscos e conseqüências durante a adolescência, a médica diz que é importante que os pais levem os filhos ao hebiatra (médico especializado em adolescentes) por volta dos 11 ou 12 anos, para que sejam capazes de entender todos os processos por que seus corpos estão passando. “Para as meninas, um conselho: o uso de preservativo não é responsabilidade somente do namorado. É aconselhável ter sempre um na bolsa. Aproveite para perguntar à sua médica sobre preservativos femininos. O importante é não descuidar da saúde.”




Endometriose não altera risco de hipertensão gestacional

Estudo publicado na última edição on-line da revista científica Human Reproduction não identificou qualquer evidência que associasse um quadro de endometriose e um possível risco subsequente de hipertensão gestacional ou pré-eclampsia. Os resultados se baseiam na análise dos dados de todas as mulheres atendidas no estado australiano de New South Wales com idade entre 15 e 45 anos e que realizaram um parto único entre os anos 2000 e 2005.
O artigo publicado explica que, na direção oposta do verificado, estudos recentes apontaram para uma associação entre um quadro de endometriose (quando o tecido endometrial – que reveste o útero internamente – é encontrado fora desse órgão) e um risco reduzido de pré-eclampsia (quadro que ocorre entre a 20ª semana de gravidez e o final da primeira semana após o parto e no qual a mulher apresenta hipertensão, elimina proteínas pela urina e, em alguns casos, retém líquidos).
Conduzido por pesquisadores do Royal North Shore Hospital, em Sydney, o estudo incluiu 3.239 mulheres (1,6% do total) com endometriose identificada antes de seu primeiro parto, que foram divididas em subgrupos e analisadas de acordo com os seguintes parâmetros: local da doença (ovário ou peritônio); se a paciente apresentava múltiplos (dois ou mais) locais afetados; e se já havia tido problemas de infertilidade.
Os resultados mostraram que 10,9% (352) das mulheres com endometriose tiveram um diagnóstico de hipertensão gestacional (pressão arterial elevada sem eliminação de proteína) frente a 11,3% (23.186 de um total de 205.640) entre aquelas sem endometriose.
Além disso, a frequência de um quadro de hipertensão gestacional ou de pré-eclampsia não diferiu significativamente nas mulheres com endometriose mais grave ou naquelas em que também apresentavam problemas de infertilidade quando comparadas às sem a doença. Os autores ressaltam que os resultados continuaram válidos mesmo após ajustes para a idade da mãe e as semanas gestacionais.



Obsessão por ser mãe pode adiar ainda mais a gestação


Alguns acreditam ser uma questão cultural. Outros alegam haver componentes genéticos. A predisposição à maternidade, seja qual for a sua raiz, é natural e resulta quase sempre em um grande acontecimento. Mas preocupam aquelas mulheres que, obcecadas por ter um filho, acabam adiando ainda mais a realização de seus sonhos.
“O componente psicológico implícito na tentativa de ter um filho é tão forte para algumas mulheres, que muitas chegam a fazer um autodiagnóstico de infertilidade sem nem mesmo terem tentado engravidar naturalmente durante seis meses seguidos”, diz a doutora Silvana Chedid, especialista em fertilização in vitro.
Segundo a médica, mulheres que adiam a maternidade para quando estiverem com a vida profissional ou pessoal mais definida são as que mais sofrem os efeitos da pressão psicológica quando decidem engravidar.
Ansiedade, baixa autoestima e pressão social dificultam gestação “Enquanto há mulheres obcecadas por ter muitos filhos, como a americana que acaba de dar à luz óctuplos, também há aquelas que entram num processo de ansiedade logo nas primeiras tentativas frustradas. Há componentes de culpa e de baixa autoestima, além das pressões sociais. Geralmente, a paciente não consegue administrar muito bem a curiosidade de familiares e amigos sobre quando nasce o bebê. Isto quando a ansiedade do próprio parceiro não acaba aumentando ainda mais sua tensão”.
Por outro lado, a especialista em reprodução humana adverte sobre a ideia de que a “infertilidade está apenas na cabeça da pessoa”. “Não se pode menosprezar um assunto tão importante como a capacidade de gerar uma criança. Se uma boa predisposição mental contribui para ter uma gravidez fácil e tranquila, não é verdade que tudo esteja relacionado ao emocional”.


in www2.uol.com.br

Primeiro bebé clonado pode nascer em dois anos

O controverso médico norte-americano Panayiotis Zavos, que se dedica à clonagem humana, garante já ter conseguido criar 14 embriões e até implantado 11 em quatro mulheres. Está, por isso, confiante que o nascimento do primeiro bebé será em breve. Zavos é procurado por casais inférteis, mas também por pais que querem clonar os filhos mortos.O primeiro bebé clonado pode nascer dentro de dois anos. Pelo menos foi isso que Peter Williams, autor de um documentário sobre o trabalho do polémico médico Panayiotis Zavos, disse à Sky News Online. "O Dr. Zavos registou um crescimento vigoroso em 30 células embrionárias antes de as transferir para o útero e é por isso que ele está optimista quanto ao nascimento do primeiro bebé clonado dentro de dois anos", conta Peter Williams.O autor do documentário sobre o trabalho de clonagem do controverso especialista garante ainda que o projecto já atingiu uma "fase avançada" e que esta pode vir a ser uma "forma viável de tratamento para a infertilidade". Panayiotis Zavos, desprezado por grande parte da comunidade científica pelo seu comportamento ético, trabalha actualmente num laboratório secreto, que se pensa estar localizado algures no Médio Oriente, num país onde a tentativa de criação de um ser humano geneticamente idêntico a outro não seja proibida.O especialista, já terá implantado embriões clonados em quatro mulheres, uma delas britânica. Zavos garante ainda que mais de 100 casais já o procuraram para terem um bebé clonado.A clonagem humana é proibida em Portugal, à semelhança da maioria dos países. E embora o médico afirme que já clonou 14 embriões e transferiu 11 para o útero de quatro mulheres, não se registaram gravidezes de sucesso.A técnica usada por Panayiotis Zavos é a mais comum e permite criar cópias genéticas dos pais, usando apenas o óvulo vazio da mãe (ver caixa). Além dos casais que querem vencer a infertilidade, o especialista também trabalha com as células de pessoas que já morreram. Um desses casos é Cady, uma criança norte-americana vítima de um acidente de carro, aos dez anos. As suas células sanguíneas foram congeladas e enviadas a Zavos pela mãe. O embrião clone de Cady foi feito com o recurso a um óvulos de vaca. Este híbrido de humano e animal não foi transferido para nenhum útero, mas o médico acredita que estas células podiam dar origem a um clone perfeito de Cady.No entanto, a classe científica já reagiu aos supostos avanços de Zavos. Josephine Quintavalle, fundadora do Conselho para a Ética da Reprodução, aconselha os cientistas a pensarem nos interesses da criança que vai nascer. "Temos de perguntar porque é que as pessoas querem um clone - é fisicamente perigoso", alerta a cientista, citada pela Sky News Online. De facto, o risco de malformações congénitas graves é um dos principais entraves à técnica.Mas as questões éticas são provavelmente mais fortes do que as científicas. "Colocar sobre uma criança que vai nascer a carga de alguém que morreu e que estamos a tentar substituir é privar essa criança da sua singularidade", critica Quintavalle. As tentativas de clonagem humana começaram após a criação da ovelha Dolly.



Cartazes para palestra (29 de Maio de 2009)

E desta vez vimos pedir a colaboração de todos aqueles que visitarem o nosso blog... Com o objectivo de divulgar a nossa palestra, o grupo criou alguns cartazes e contamos com as vossas opiniões e sugestões... Para recebermos as suas opiniões o mais rápido possível (dado o escasso tempo até à palestra), pedimos que envie todos os comentários directamente para o nosso mail (rstt12@gmail.com)...


Desde já agradecidos...








CNPMA aconselha ministério a facilitar acesso de casais inférteis ao sector privado


O Conselho Nacional de Procriação Medicamente Assistida (CNPMA) aponta a urgência de que o Ministério da Saúde facilite os procedimentos para permitir aos casais inférteis serem tratados no sector privado, quando falhar a resposta no público.


A recomendação do Conselho Nacional de Procriação Medicamente Assistida é para que o ministério tutelado por Ana Jorge passe a facilitar os procedimentos para que os casais inférteis sejam tratados no sector privado, quando falhar a resposta no público.
O presidente do CNPMA, Eurico Reis, justifica este apelo ao Ministério da Saúde na sequência de várias queixas dos utentes.
«Houve casais que se encontram na situação de poder beneficiar, quer dos tratamentos, quer das comparticipações, que contactaram o CNPMA para saber como tudo estava a correr», revelou o responsável.
«Tanto quanto foi já aprovado pelo ministério terá que haver uma declaração emitida pelos serviços públicos indicando que o tratamento necessário não está a ser realizado por eles ou que as listas de espera são grandes. E sem essa declaração a comparticipação não é possível», explicou.
A lei determina que, para serem seguidos no sector privado, os casais inferteis têm de ter uma declaração do centro público a assumir a falta de resposta e a necessidade de encaminhamento para os centros privados.
Mas, os casais que têm solicitado esta declaração têm visto as pretensões recusadas. Por isso, Eurico Reis sublinha a necessidade de que o ministério agilize os procedimentos e que rapidamente o anúncio do primeiro-ministro em 2007 tenha «consequências práticas».
Existem actualmente 25 centros que realizam técnicas de Prociaçao Medicamente Assistida em Portugal, sendo a maioria privados.
Nos casos em que são necessárias técnicas como a Fertilização In Vitro, os tratamentos podem custar mais de cinco mil euros.


in www.tsf.sapo.pt

Associação Portuguesa de Infertilidade satisfeita com anúncio do ministério

A presidente da Associação Portuguesa de Infertilidade mostra-se satisfeita depois do anúncio da ministra da Saúde, Ana Jorge, sobre o aumento da comparticipação dos medicamentos utilizados no tratamento da infertilidade.


O Estado vai aumentar a comparticipação dos medicamentos utilizados no tratamento da infertilidade. A medida consta de um despacho da ministra da Saúde que entra em vigor a partir desta segunda-feira.
A ministra Ana Jorge esclareceu que, para os doentes, os medicamentos em causa vão passar a custar menos de metade do seu valor actual.
Apesar de ainda não se tratar de solução definitiva da promessa feita pelo primeiro-ministro e que devia ter sido cumprida ainda durante o ano passado, Cláudia Vieira, presidente da Associação Portuguesa de Infertilidade, adiantou à TSF que ficou satisfeita com este anúncio.
«Temos conhecimento de muitos casais que estando a ser acompanhados no sector público se vêem com bastantes dificuldades para comportar os custos da medicação, portanto há aqui de facto uma redução da factura para os casais bastante significativa», afirmou a responsável.
A ministra da Saúde vai inaugurar esta tarde o Centro de Procriação Medicamente Assistida da Maternidade Alfredo da Costa (MAC). Um centro que não tem, no entanto, quem o dirija.
«De há alguns meses para cá as listas de espera da MAC estão a engrossar e neste momento estamo um pouco preocupados com esta situação porque temos tido testemunhos de pessoas que estão numa situação bastante complicada», referiu Cláudia Vieira.
A solução deverá ser encontrada nos próximos dias, mas a presidente da Associação Portuguesa de Infertilidade avança com casos concretos que reforçam a urgência de que esta situação se resolva.




sexta-feira, 17 de abril de 2009

Pesquisas trazem esperanças contra infertilidade feminina

"Cientistas em Xangai, China, desafiaram a visão médica ortodoxa de que uma mulher nasce com todos os óvulos que vai liberar no curso de sua vida e nunca vai produzir novos. Descartar essa teoria pode ter grandes implicações no tratamento da infertilidade.

Contestações similares já foram feitas, mas não se sustentaram. No início deste mês, porém, o cientista sueco Jonas Frisen mostrou que a mesma doutrina médica aplicada às células cardíacas - que você morre com as mesmas células com que nasce - é incorreta: as células cardíacas são repostas, embora muito lentamente, a uma taxa de 1% ou menos por ano.

A equipe chinesa, liderada por Kang Zou e Ji Wu, da Universidade de Xangai Jia Tong, trabalhou apenas com camundongos, mas devido à semelhança da fisiologia de todos os mamíferos, qualquer prova de que um camundongo é capaz de produzir óvulos após o nascimento pode iniciar uma corrida para provar que humanos também os produzem.

Em essência, os pesquisadores de Xangai afirmam que detectaram, tanto em camundongos jovens quanto velhos, as células germinativas que produzem óvulos, os ovócitos.

Os pesquisadores reportam na edição atual da Nature Cell Biology que procuraram nos ovários de um camundongo células produzindo a proteína homóloga tubular, encontrada apenas em células germinativas. Durante a formação do embrião, essas células geram todos os ovócitos que serão necessários para o tempo de vida da fêmea.

Os pesquisadores detectaram células produzindo a proteína nos ovários dos camundongos, e depois as coletaram e as cultivaram em laboratório. As células foram injetadas com um gene que produz uma proteína fluorescente, uma forma comum de marcar células.

Os pesquisadores injetaram então tais células germinativas nos ovários de um outro grupo de camundongos, cujos óvulos foram eliminados. Quando os camundongos foram cruzados, algumas de suas crias nasceram verdes, indicando que vieram de óvulos produzidos pelas células germinativas marcadas.

David F. Albertini, especialista em reprodução do Centro Médico da Universidade do Kansas, disse que o resultado era "uma observação muito animadora", mas acrescentou que o experimento era difícil de ser interpretado. Ele disse que talvez os autores tenham coletado alguns ovócitos com as células germinativas, a despeito de seus esforços em excluí-los, e que esses ovócitos podem ter sido a origem dos filhotes nascidos mais tarde.

Até essa e outras questões serem sanadas, a observação "não tem relevância clínica", disse Albertini, devido às diferenças fisiológicas entre camundongos e pessoas.

Abertini também afirmou que, ao publicar o artigo de Xangai e alegações anteriores de produção de ovócitos após o nascimento, a revista Nature não seguiu a orientação de uma rede de especialistas em ovário, inclusive ele.

Frisen, o pesquisador sueco que provou que células musculares são geradas durante a vida, disse que ele ainda não foi capaz de aplicar seu método a ovócitos. Sua abordagem é medir o carbono 14 radioativo que foi gerado pelos testes nucleares de superfície nos anos 1960 e que por anos pôde ser encontrado no DNA de células ao redor do mundo.

A quantidade de carbono 14 em cada tipo de célula indica sua data de nascimento.

Frisen afirma que não existem ovócitos o suficiente no corpo de uma pessoa que possam dar um sinal confiável no momento, mas acrescenta que tem esperanças de averiguar a data de nascimento de ovócitos depois de melhorar a sensibilidade de sua técnica."

in www.noticias.terra.com.br

Portugal sem médicos para tratar a infertilidade

"Portugal está com falta de médicos para cuidar dos casais inférteis, principalmente através da técnica da procriação medicamente assistida (PMA).

Vários especialistas anunciaram no passado dia 8 de Março, a escassez de profissionais nesta área de saúde, o que pode comprometer a qualidade do tratamento contra a infertilidade bem como, interferir na abertura de outros 5 centos médicos divulgados pelo Governo.

João Silva Carvalho, presidente da Sociedade Portuguesa de Medicina da Reprodução, chama a atenção para a falta de médicos especialistas, defendendo que não tem lógica a existência de uma rede que exceda os 30 centros de PMA.
Para além de não haver recursos suficientes também os centros não irão receber o número de casos mínimos para subsistirem.

Carlos Calhaz Jorge, membro do Conselho Nacional de Procriação Medicamente Assistida reforça o sentimento de carência de médicos, principalmente devido à não renovação das especializações em ginecologia e medicina da reprodução. Este admite ainda a possibilidade de os novos centros de PMA que se pretendem criar não chegarem a sair do papel.

Nesta situação está o Centro Materno-Infantil do Porto, o Centro Hospitalar de Coimbra, da Covilhã, Almada e Faro, não havendo médicos para os preencher.

A Maternidade Alfredo da Costa, já inaugurou o Centro de Procriação Medicamente Assistida, mas encontra-se também com dificuldades no pessoal."

in www.bebes.kazulo.com

domingo, 5 de abril de 2009

Espanha lança nova campanha para doação de esperma e óvulos

Dada a grande procura dos bancos de esperma e de óvulos, Espanha lançou uma nova campanha publicitária com o objectivo de levar a população mais jovem a fazer as mesmas doações. São estes os cartazes que é possível encontrar em qualquer rua de Espanha:



"Infertilidade na Europa ameaça duplicar até 2015"

A infertilidade ameaça duplicar nos países europeus no espaço de dez anos e passar a afectar 33% dos casais, em vez dos actuais 14%. O alerta é de um especialista em fertilidade da Universidade de Sheffield, no Reino Unido, e aponta a gravidez tardia como a principal causa deste aumento.

"Intervindo num conferência europeia sobre fertilidade, Bill Ledger sugeriu mesmo o apoio estatal à paragem nas carreiras das mulheres para permitir a gravidez em idades mais férteis. Horários inflexíveis e aspirações a uma carreira atiram a maternidade para depois dos 35 anos, quando a natureza impele à procriação à volta dos vinte anos. Para Bill Ledger, trata-se de uma ameaça ao futuro da população europeia que deve ser rapidamente contrariada. Porque, " muito simplesmente, as mulheres não são tão férteis aos 35 anos" e é muito fácil ajudá-la a ter filhos mais cedo do que esperar pela necessidade de procriação assistida, com os riscos que daí decorrem para a mulher.

Para lá das carreiras, a infertilidade também deriva da crescente taxa de obesidade e de infecções sexualmente transmissíveis, como a chlamydia, que duplicou na última década. Quando surgem na juventude, as doenças podem causar danos irreversíveis no aparelho reprodutor. Quanto à obesidade, afecta já 6% das jovens até aos 19 anos e impede uma ovulação eficiente."

In jn.sapo.pt

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Novo centro da Alfredo da Costa abriu há 1 mês mas ainda não fez tratamentos

"Remodelado no âmbito do apoio do Estado ao combate à infertilidade - para o qual o Serviço Nacional de Saúde (SNS) disponibiliza uma verba de 12 milhões de euros para 2009 -, o novo centro, em Lisboa, foi desenvolvido na mesma zona do antigo, que há muito reclamava obras.

Com equipamentos novos e tecnologia avançada que custaram mais de meio milhão de euros, abriu no dia 09 de Março, mas desde então não recebeu nenhum casal, apesar desta instituição contar com uma lista de espera onde se contam cerca de 900 casais que aguardam por um tratamento para vencer a infertilidade.

Segundo disse à Lusa o director da Maternidade Alfredo da Costa (MAC), Jorge Branco, o atraso no atendimento dos casais deveu-se a uma avaria numa câmara de fluxo laminar, a qual só deverá estar em condições na sexta-feira.

Esta não tem sido, contudo, a única dificuldade na área da infertilidade da MAC, já que a direcção continua a não conseguir contratar médicos.

Jorge Branco assumiu as dificuldades e afirma que vai continuar à procura de pelo menos mais um médico.

Para já, e segundo o director da instituição, estão a trabalhar no novo centro de Procriação Medicamente Assistida (PMA) quatro médicos e dois biólogos. "Basta mais um médico", disse.

Este centro tem várias salas e algumas inovações, como a existência de dois laboratórios, um dos quais atribuído às técnicas a aplicar em casais com o Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH).

Uma sala de colheita de esperma vem substituir a decadente casa de banho onde dantes se realizava este procedimento.

Pelo menos dois microscópios são novos, bem como material de apoio, marquesas e instrumentos ecográficos.

No ano passado foram feitos 172 ciclos (tratamentos com técnicas de PMA), menos que os 200 habitualmente realizados por ano, uma vez que o centro encerrou em Setembro para obras.

Para o corrente ano, a MAC espera realizar 300 a 330 ciclos."

In Destak.pt

segunda-feira, 30 de março de 2009

Casal negro quer bebé branco

Uma das mais recentes discussões acerca das técnicas de reprodução assistida foi gerada através de duas diferentes propostas que ocorreram numa clínica de reprodução assistida em Barcelona, Espanha. Um casal heterossexual, bem como um casal de lésbicas, ambos negros desejam ter um filho branco. No caso do casal heterossexual, a decisão foi tomada pois estes estão convencidos de que homens e mulheres negras têm uma ligação mais estreita com o esperma e com os óvulos, dai terem receio de que o dador possa reclamar o filho como deles. Já o casal de lésbicas desejava ter um filho branco como forma de protesto social, demonstrando o que uma mulher negra é capaz de fazer.
Em ambos os casos os pedidos foram rejeitados pois violam a lei espanhola. Algo preocupante, é que se este casal fosse português, esta adopção de embrião era legal, podendo apenas ser "travada" caso o médico responsável rejeitasse a situação.
Com este mais recente "escândalo", surgem novas questões acerca de como se deve fazer a regulamentação dos casos de reproduções medicamente assistidas. Pode tratar-se de um longo caminho e por vezes dificil de percorrer, mas se ninguém o fizer, podem surgir situações que levem, por exemplo, à discriminação da criança e é sempre esta que deve ser protegida.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Infertilidade e tratamentos em clinicas

O peso e a infertilidade

Consulta de urologia

A Urologia é a especialidade cirúrgica que trata das doenças do trato urinário masculino e feminino e do aparelho reprodutor masculino (genitais), bem como das doenças da supra-renal.

A Urologia engloba um vasto campo de problemas urogenitais, sendo os mais importantes:

Cancro da Próstata: Homens com idade superior a 40 anos, deveriam de se submeter a exames periódicos, especialmente quando há antecedentes familiares.

Incontinência: Mais comum no sexo feminino. A incontinência pode ser tratada com medicação ou com uma simples cirurgia.

Disfunção Sexual: Tem tratamento com medicação ou mesmo cirurgia.

Anomalias Congénitas em crianças: Tais como “Hypospadias”, refluxo urinário, testículos que não desceram propriamente para o escroto.

“Hematuria” ou sangue na urina: Pode estar relacionado com infecção, calculus renais ou cancro (bexiga ou rim).

Esterilização: procedimento simples, chamado “vasectomia”, poderá ser a resposta para um controlo de reprodução, sem interferir na função sexual do Homem.



terça-feira, 24 de março de 2009

A consulta de ginecologia


Muitas jovens interrogam-se quando o devem fazer. Na generalidade, as causas que poderão levar à primeira visita ao ginecologista são:
• Grandes irregularidades nos ciclos menstruais;
• Períodos demasiado longos, com pouco intervalo entre estes e com grandes perdas sanguíneas;
• Menstruações muito dolorosas e desconfortáveis;
• Presença dum corrimento invulgar e/ou intenso, com ardor e /ou cheiro.

Caso contrário aconselha-se que esta primeira consulta ocorra por volta dos 15, 16 anos, ou então quando se pretende iniciar a vida sexual activa.

Para evitar situações de nervosismo, a jovem pode ainda escolher se deseja ser vista por um médico ou por uma médica, tendo que esta decisão se trata apenas de uma questão de preferência pessoal. Na verdade, apesar de tão ansiosamente esperado, a jovem só precisa de ser sincera em todas as questões e no caso de ser necessária a realização do exame pélvico, quanto mais relaxada esta estiver, mais rápido o exame será realizado e será completamente indolor.

Uso excessivo de laptop pode afetar a fertilidade masculina


"O uso prolongado de um laptop sobre o joelho pode diminuir a fertilidade dos homens jovens, advertiram especialistas americanos na revista européia Human Reproduction.

Depois de um estudo com 29 voluntários saudáveis de 21 a 35 anos, estes especialistas aconselham os adolescentes e homens jovens a limitarem o tempo que passam com o computador sobre os joelhos, para evitar um risco potencial de esterilidade a longo prazo.

O aumento da temperatura do escroto pode alterar o esperma, afirma a equipe do Dr. Yefim Sheynkin, especialista em urologia e esterilidade masculinas (Universidade de Nova York em Stony Brook), que dirigiu o estudo publicado por esta revista especializada na reprodução humana.

"Para o ano 2005, 60 milhões destes computadores portáteis serão utilizadas nos Estados Unidos e 150 milhões no mundo", destaca o Dr. Sheynkin. A redução gradual de seu preço atrai sobre tudo homens.

Os pesquisadores, preocupados com este risco potencial, mediram várias vezes a temperatura do escroto dos voluntários enquanto trabalhavam sentados, com as pernas juntas e o computador encostado na barriga.

Esta forma de utilização aumenta a temperatura do escroto em uma média de 2,6 graus Celsius à esquerda e 2,8 graus à direita, segundo este estudo, que inclui várias medições (cada três minutos) durante uma hora.

Os estudos relacionaram o aumento da temperatura dos testículos ou do escroto de 1 grau a 2,9 graus com efeitos negativos sobre a espermatogênese (formação do esperma) e a fertilidade.

A concentração do esperma pode diminuir em 40% a cada grau que a temperatura diária média aumenta no escroto, afirmaram os autores. As posições adotadas pelo usuário e o calor do aparelho causam um aumento da temperatura.

"Os laptops produzem hipertermias significativas transitórias e repetitivas ao nível do escroto durante anos e um tempo de recuperação insuficiente entre as exposições ao calor pode ocasionar mudanças irreversíveis ou apenas parcialmente reversíveis sobre a função reprodutora masculina", explicaram os cientistas.

Esta equipe continuará estudando diretamente estes efeitos sobre a função dos testículos e o esperma. Enquanto isso, aconselha a moderação aos jovens no uso de laptops."

In www.administradores.com.br

"Maioria dos jovens não sabe fatores de risco para infertilidade"

Um estudo realizado com estudantes canadenses do ensino médio indica que a maioria dos jovens desconhece os fatores de risco para a infertilidade. De acordo com os pesquisadores, os resultados mostram a importância de se educar os jovens para fatores que podem levar os casais a dificuldades em engravidar, como gordura corporal, fumo, consumo exagerado de cafeína, exercícios em excesso, uso de drogas e doenças sexualmente transmissíveis.

Entrevistando 608 estudantes com média de idade de 17,5 anos, os pesquisadores observaram que 80% deles conheciam o termo infertilidade, mas a grande maioria não conseguiu responder a questões específicas sobre o assunto, indicando desconhecimento sobre os fatores de risco.

Os resultados indicaram, por exemplo, que 94% dos estudantes não sabiam que infecções sexualmente transmissíveis, como clamídia ou gonorréia, podem levar à infertilidade. E 25% deles acreditavam que os problemas de fertilidade podem ocorrer apenas com mulheres acima dos 40 anos.

Além disso, os pesquisadores descobriram que estudantes de escolas com menor perfil socioeconômico apresentavam maior freqüência de respostas incorretas sobre o assunto, fazendo menos associações entre doenças sexualmente transmissíveis e infertilidade.

De forma geral, 73% das mulheres e 67% dos homens disseram que proteção de sua fertilidade é importante. E 55% dos estudantes estariam abertos à realização de testes para doenças sexualmente transmissíveis como forma de prevenir a infertilidade. Por isso, os pesquisadores defendem políticas públicas para informar os jovens e ajudá-los a prevenir a infertilidade.

In Destak.pt

Banhos quentes podem afectar infertilidade


"Durante anos, médicos advertiram homens com problemas de fertilidade que evitassem banhos quentes, sob a alegação de que a longa exposição à água em temperatura elevada poderia agravar ainda mais o problema. No entanto, o que até agora era apenas especulação, ganhou subsídio científico quando uma equipe de urologistas da Universidade da Califórnia, em São Francisco, nos Estados Unidos, divulgou o resultado de um estudo a respeito.

Com a finalidade de medir e documentar as possíveis extensões deste efeito, os pesquisadores escolheram homens que se submetiam regularmente a altas temperaturas no banho, seja de chuveiro ou de banheira. A constatação foi de que todos eles apresentavam sinais de infertilidade, com baixa produção e mobilidade de espermatozóides.

Mas o mais surpreendente para os pesquisadores foi obse
rvar a rapidez com que o problema pode ser revertido. Depois que os homens pararam de se expor a banhos quentes, metade teve “um significativo aumento de 491% do total dos espermatozóides móveis em um período de três a seis meses” após a mudança de atitude.

Entre os homens nos quais o problema não foi revertido, os especialistas acreditam que a culpa seja do tabaco, já que a maioria era de fumador crónico."



In www.g1.globo.com


Sim. Embora considerados métodos anticoncepcionais definitivos e altamente eficazes, existem opções terapêuticas capazes de permitir que um casal em que um, ou até mesmo, os dois cônjuges tenham laqueação das trompas e/ou a vasectomia engravide.

Dependendo da idade da mulher ou do tempo desde a realização da vasectomia, é possível ter um prognóstico optimista quanto às chances de gestação. Portanto, através do adequado apoio médico, pode um casal reverter uma expectativa negativa quanto a probabilidade de ter seu(s) filho(s). No entanto, alguns centros e clínicas recusam-se a realizar estas técnicas em casais que anteriormente tenham realizado estes procedimentos cirúrgicos, apenas motivados pela ordem moral.

É possível ter filhos após a laqueação das trompas ou a vasectomia?

quarta-feira, 4 de março de 2009

25 de Fevereiro de 1986 O pioneiro Carlos Miguel

Fez no dia 25 deste mês 23 anos que nasceu o primeiro bebé proveta gerado a partir do método científico de Fertilização In Vitro (FIV), com o nome de Carlos Miguel. Até essa data, só era possível a aplicação do FIV fora de Portugal. Os pais, Alda Maria Saleiro e Carlos Manuel Valente Saleiro, após dez anos de tentativas frustradas para terem um filho, inscreveram-se no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, para se submeterem a tratamentos de fertilidade.

O Carlos Miguel começou por ser gerado in vitro nos laboratórios do Instituto Gulbenkian de Ciência, por uma equipa liderada por Pereira Coelho, ginecologista e obstetra do Hospital de Santa Maria. O seu nascimento - às 13 horas e 30 minutos, com 3300 gramas e 50 cm de altura - teve direito até a programa de televisão, o que o transformou numa vedeta nacional. E, hoje, continua ainda a ser uma vedeta e a aparecer na televisão: Carlos Saleiro é jogador de futebol do Sporting e foi várias vezes internacional. Actualmente, está emprestado à Académica.

Há 23 anos, o Carlos Miguel juntava-se aos mais de 2000 bebés então gerados por todo o Mundo em laboratório - a primeira foi Louise Brown, em 1978.

O sistema revelou-se um milagre para muitas mulheres, ao ponto de hoje ser uma operação quase rotineira da ciência, mas nem por isso menos 'milagrosa' para quem recorre ao método.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Louise Brown: o bebé que trouxe a esperança

Louise Brown foi a primeira bebé proveta a nascer por um processo de inseminação artificial. Esta nasceu no hospital Geral de Oldham no dia 25 de Julho de 1978.Mas o seu nascimento trouxe a todo o Mundo uma grande esperança, pois os dois cientistas Robert Edwards e Patrick Steptoe conseguiram fazer algo que muitos achavam impossível: geral vida num tubo de ensaio. Algo que para nós é bastante comum, levou a que um grande número de cientistas direccionassem os seus estudos no sentido de desenvolver estas técnicas.

Diagnósticos e tratamentos: preços (Ferticentro)

Em seguida são apresentadas as tabelas de preços de alguns exames de diagnóstico e tratamentos realizados pela clínica Ferticentro.


Exames de diagnóstico:

Espermograma - 100 €
Teste de migração de espermatozóides - 100 €
Teste pós-coital com consulta de Ginecologia - 80 €
Salpingosonografia - 160 €
Ecografia endovaginal - 75 €
Biópsia testicular com agulha - 335 €
Biópsia testicular em campo operatório aberto - 750 €
Histeroscopia de diagnóstico - 315 €

Tratamentos:

Curetagem uterina - 1 040,00 €
Punção de quisto - 285,00 €
Histeroscopia cirúrgica - 750,00 €
Inseminação intrauterina intra-conjugal (IIU-M) - 510,00 €
Inseminação intrauterina com dador (IAD) - 850,00 €
Fecundação in vitro (FIV) - 3 300,00 €
Injecção intracitoplasmática de espermatozóide (ICSI) - 3 750,00

Como podemos observar, estas técnicas apesar de serem milagrosas, apresentam custos bastante elevados, pelo que nem todos os casais têm oportunidade de recorrer a estas. É igualmente preciso ter em conta que a taxa de eficácia destes tratamentos não é 100%, pelo que por vezes podem ter de ser realizados diversas repetições de tratamentos para o casal conseguir conceber e levar a gravidez até ao seu termo final.

Inseminação artificial (IUI – Intra-uterine insemination)

Através desta técnica, dá-se a transferência mecânica de espermatozóides, previamente recolhidos, tratados e seleccionados, para o interior do aparelho genital feminino, na altura da ovulação. Na altura da ovulação, a amostra de esperma do homem é tratada no laboratório, de modo a obter os melhores espermatozóides. Este simples acto chega a aumentar a probabilidade de ocorrência de uma gravidez até 35%.



A Inseminação artificial é um método simples com taxas de sucesso à volta de 15-20% por cada tentativa. Por isso é razoável efectuar no máximo 3-4 inseminações, após as quais as taxa de sucesso diminuem, sendo preferível considerar a Fertilização in vitro.

Microfertilização (ICSI – intracytoplasmic sperm injection)

A ICSI consiste na introdução de um espermatozóide em cada ovócito maduro para permitir a sua fertilização. A ICSI é usada em situações em que há alterações na qualidade ou da quantidade de espermatozóides (poucos espermatozóides, com diminuição da mobilidade ou alterações da forma).
A ICSI também se utiliza nos casais em que não ocorreu fertilização dos ovócitos em tratamentos de IVF anteriores.


A Indução da ovulação

O tratamento é efectuado com comprimidos ou com injecções subcutâneas de gonadotrofinas. A indução da ovulação é recomendada a casais jovens, que estão há pouco tempo a tentar engravidar, sendo também aconselhável a mulheres que têm ciclos menstruais irregulares. É fundamental confirmar que o espermograma é normal e que as trompas estejam desobstruídas.
Como a resposta dos ovários é muito variável, é indispensável efectuar um acompanhamento ecográfico para determinar a resposta dos ovários. Pode-se, assim, evitar uma gravidez múltipla e prever a data da ovulação. Nessa altura o casal deve ter relações sexuais.
Se a resposta dos ovários for adequada, a indução da ovulação pode continuar durante um período de 6 meses, após os quais se deve pensar noutras alternativas de tratamento.
As taxas de sucesso da indução da ovulação são baixas por cada tratamento, mas como é um tratamento fácil e económico, pode-se efectuar durante algum tempo, por exemplo em casais jovens que não tenham outros problemas de infertilidade.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Fertilização in vitro ou IVF (In Vitro Fertilization)

Esta técnica consiste na recolha de oócitos e de espermatozóides e da sua junção em laboratório. Inicialmente, serão administradas à mulher substâncias que estimulam a produção de oócitos pelos ovários. Após estes atingirem as dimensões adequadas, serão recolhidos alguns oócitos através de uma técnica de laparoscopia ou através da passagem de uma agulha através da parede vaginal. Depois, os gâmetas femininos e masculinos (a recolha deve ser feita o mais próximo possível do momento de realização da técnica) serão misturados em ambiente extracorporal, numa placa de Petri. O ou os zigotos obtidos serão incubados in vitro até que a técnica se completa com a transferência do ou dos embriões, que se devem encontrar no estado de 2-8 células, para o útero onde possivelmente se vão implantar e desenvolver.



As taxas de sucesso da IVF são de cerca de 35-42% por tentativa, dependendo muito da idade da mulher e da qualidade dos embriões transferidos. Com um conjunto de 3 IVF, consegue-se uma taxa cumulativa de gravidez de cerca de 75-80%.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Tratamentos de Infertilidade

Um casal deve participar em consultas de diagnóstico nas quais será diagnosticado o tipo de problema que enfrenta e quais as formas de tratamento adequadas. Normalmente, os tratamentos iniciais são os de baixo custo e pouco invasivos, mas, se estes não resultarem, vão-se tornando mais sofisticados, caros e invasivos. Qualquer tratamento será acompanhado por um psicólogo e, mesmo depois de o casal conceber, deverá ser acompanhado. Em seguida apresentamos os tratamentos para a infertilidade mais conhecidos, os quais serão abordados mais tarde ao longo do blog:


· Expectante;
· Indução da ovulação (poliovulação);
· Inseminação intra-uterina (IIU);
· Fertilização in vitro;
· Injeção intracitoplasmática de espermatozóides.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Incidência da Infertilidade

A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que aproximadamente 8-10% dos casais têm algum problema de infertilidade. Na balança mundial, isto significa que 50-80 milhões de pessoas sofrem de infertilidade. Porém, a incidência de infertilidade pode variar de região para região. A percentagem de casais inférteis aumenta de acordo com a idade do casal, principalmente da mulher. Aliás, é possível afirmar que a incidência de infertilidade é directamente proporcional a idade da mulher, isto devido ao facto de os gâmetas femininos já se encontrarem presentes no desenvolvimento embrionário. Desta forma, quanto mais tarde a mulher engravida, mais antigos são os seus gâmetas, logo, mais frequentes são os erros na meiose que levam a que a gravidez não possa ser levada ao seu termo final.

Causas de Infertilidade

A infertilidade humana pode ser afectada por diversos factores tais como a idade do homem, idade da mulher, frequência e técnica do coito, uso de lubrificantes, passado de doenças sexualmente transmissíveis, ingestão de certos medicamentos e exposição a produtos tóxicos.
As principais causas de infertilidade são as seguintes:

Homem:


- Diminuição do número de espermatozóides.
- Pouca mobilidade dos espermatozóides.
- Espermatozóides anormais.
- Ausência da produção de espermatozóides.
- Vasectomia.
- Dificuldades na relação sexual.

Mulher:


- Distúrbios hormonais que impeçam ou dificultem o crescimento e a libertação do Oócito II (ovulação);
- Síndrome de Ovários Policisticos ;
- Problemas nas trompas ou tubas uterinas provocados por infecções, cirurgias;
- Endometriose.
- Laqueação das trompas.
- Muco cervical que impede a passagem dos espermatozóides.

O seguinte esquema demonstra qual a incidência das principais causas de infertilidade:




Tipos de Infertilidade

A infertilidade é uma incapacidade temporária ou permanente em conceber um filho e em levar a gravidez até à sua etapa final
Podemos considerar que existe um problema de infertilidade quando o casal tem relações sexuais, regularmente sem utilizar qualquer método contraceptivo, durante o período de 1-2 anos, sem que ocorra uma gravidez. No entanto, isso não significa que ela não possa ocorrer naturalmente após esse período ou recorrendo a técnicas específicas, uma vez que a infertilidade total, ou esterilidade, é uma situação rara. Desta forma, podemos classificar a infertilidade em dois tipos diferentes:

Infertilidade primária – incapacidade fisiológica de uma primeira gravidez;

Infertilidade secundária – incapacidade fisiológica de uma segunda ou mais gravidezes.