Há muito que se sabe que a fertilidade decresce com o avançar da idade.
O aparelho reprodutor feminino atinge o seu ápice de desempenho entre os 18 e 35 anos. Os óvulos de uma mulher são formados ao longo da sua vida intra-uterina. Com 5 meses de gestação, o bebe do sexo feminino tem de 6 a 7 milhões de óvulos. Ao nascimento, são aproximadamente 1 a 2 milhões e na puberdade, quando iniciam as ovulações, somente 300 a 400 mil óvulos estão à disposição. Como nenhum novo óvulo é formado ao longo da vida e ocorre uma perda contínua, verifica-se uma queda significativa na quantidade e na qualidade dos óvulos após os 35 anos, e acentuada após os 40 anos.
Os homens também são afectados pela queda da fertilidade com o progredir da idade, contrariando o que muitos pensam, um tabu com ainda bastante significado na nossa sociedade. É importante salientar que masculinidade, virilidade, desejo e potência sexual não estão relacionados directamente com a capacidade reprodutiva de um homem. Portanto, homens jovens com elevados níveis de testosterona e homens com maior idade que mantém um óptimo desempenho sexual podem ter alterações na quantidade ou na qualidade dos seus espermatozóides. Pesquisas recentes demonstraram que a capacidade reprodutiva dos homens também diminui com a idade, sendo afectada porém mais tardiamente (após os 40 anos) e em menor intensidade que a mulher.