quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Louise Brown: o bebé que trouxe a esperança

Louise Brown foi a primeira bebé proveta a nascer por um processo de inseminação artificial. Esta nasceu no hospital Geral de Oldham no dia 25 de Julho de 1978.Mas o seu nascimento trouxe a todo o Mundo uma grande esperança, pois os dois cientistas Robert Edwards e Patrick Steptoe conseguiram fazer algo que muitos achavam impossível: geral vida num tubo de ensaio. Algo que para nós é bastante comum, levou a que um grande número de cientistas direccionassem os seus estudos no sentido de desenvolver estas técnicas.

Diagnósticos e tratamentos: preços (Ferticentro)

Em seguida são apresentadas as tabelas de preços de alguns exames de diagnóstico e tratamentos realizados pela clínica Ferticentro.


Exames de diagnóstico:

Espermograma - 100 €
Teste de migração de espermatozóides - 100 €
Teste pós-coital com consulta de Ginecologia - 80 €
Salpingosonografia - 160 €
Ecografia endovaginal - 75 €
Biópsia testicular com agulha - 335 €
Biópsia testicular em campo operatório aberto - 750 €
Histeroscopia de diagnóstico - 315 €

Tratamentos:

Curetagem uterina - 1 040,00 €
Punção de quisto - 285,00 €
Histeroscopia cirúrgica - 750,00 €
Inseminação intrauterina intra-conjugal (IIU-M) - 510,00 €
Inseminação intrauterina com dador (IAD) - 850,00 €
Fecundação in vitro (FIV) - 3 300,00 €
Injecção intracitoplasmática de espermatozóide (ICSI) - 3 750,00

Como podemos observar, estas técnicas apesar de serem milagrosas, apresentam custos bastante elevados, pelo que nem todos os casais têm oportunidade de recorrer a estas. É igualmente preciso ter em conta que a taxa de eficácia destes tratamentos não é 100%, pelo que por vezes podem ter de ser realizados diversas repetições de tratamentos para o casal conseguir conceber e levar a gravidez até ao seu termo final.

Inseminação artificial (IUI – Intra-uterine insemination)

Através desta técnica, dá-se a transferência mecânica de espermatozóides, previamente recolhidos, tratados e seleccionados, para o interior do aparelho genital feminino, na altura da ovulação. Na altura da ovulação, a amostra de esperma do homem é tratada no laboratório, de modo a obter os melhores espermatozóides. Este simples acto chega a aumentar a probabilidade de ocorrência de uma gravidez até 35%.



A Inseminação artificial é um método simples com taxas de sucesso à volta de 15-20% por cada tentativa. Por isso é razoável efectuar no máximo 3-4 inseminações, após as quais as taxa de sucesso diminuem, sendo preferível considerar a Fertilização in vitro.

Microfertilização (ICSI – intracytoplasmic sperm injection)

A ICSI consiste na introdução de um espermatozóide em cada ovócito maduro para permitir a sua fertilização. A ICSI é usada em situações em que há alterações na qualidade ou da quantidade de espermatozóides (poucos espermatozóides, com diminuição da mobilidade ou alterações da forma).
A ICSI também se utiliza nos casais em que não ocorreu fertilização dos ovócitos em tratamentos de IVF anteriores.


A Indução da ovulação

O tratamento é efectuado com comprimidos ou com injecções subcutâneas de gonadotrofinas. A indução da ovulação é recomendada a casais jovens, que estão há pouco tempo a tentar engravidar, sendo também aconselhável a mulheres que têm ciclos menstruais irregulares. É fundamental confirmar que o espermograma é normal e que as trompas estejam desobstruídas.
Como a resposta dos ovários é muito variável, é indispensável efectuar um acompanhamento ecográfico para determinar a resposta dos ovários. Pode-se, assim, evitar uma gravidez múltipla e prever a data da ovulação. Nessa altura o casal deve ter relações sexuais.
Se a resposta dos ovários for adequada, a indução da ovulação pode continuar durante um período de 6 meses, após os quais se deve pensar noutras alternativas de tratamento.
As taxas de sucesso da indução da ovulação são baixas por cada tratamento, mas como é um tratamento fácil e económico, pode-se efectuar durante algum tempo, por exemplo em casais jovens que não tenham outros problemas de infertilidade.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Fertilização in vitro ou IVF (In Vitro Fertilization)

Esta técnica consiste na recolha de oócitos e de espermatozóides e da sua junção em laboratório. Inicialmente, serão administradas à mulher substâncias que estimulam a produção de oócitos pelos ovários. Após estes atingirem as dimensões adequadas, serão recolhidos alguns oócitos através de uma técnica de laparoscopia ou através da passagem de uma agulha através da parede vaginal. Depois, os gâmetas femininos e masculinos (a recolha deve ser feita o mais próximo possível do momento de realização da técnica) serão misturados em ambiente extracorporal, numa placa de Petri. O ou os zigotos obtidos serão incubados in vitro até que a técnica se completa com a transferência do ou dos embriões, que se devem encontrar no estado de 2-8 células, para o útero onde possivelmente se vão implantar e desenvolver.



As taxas de sucesso da IVF são de cerca de 35-42% por tentativa, dependendo muito da idade da mulher e da qualidade dos embriões transferidos. Com um conjunto de 3 IVF, consegue-se uma taxa cumulativa de gravidez de cerca de 75-80%.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Tratamentos de Infertilidade

Um casal deve participar em consultas de diagnóstico nas quais será diagnosticado o tipo de problema que enfrenta e quais as formas de tratamento adequadas. Normalmente, os tratamentos iniciais são os de baixo custo e pouco invasivos, mas, se estes não resultarem, vão-se tornando mais sofisticados, caros e invasivos. Qualquer tratamento será acompanhado por um psicólogo e, mesmo depois de o casal conceber, deverá ser acompanhado. Em seguida apresentamos os tratamentos para a infertilidade mais conhecidos, os quais serão abordados mais tarde ao longo do blog:


· Expectante;
· Indução da ovulação (poliovulação);
· Inseminação intra-uterina (IIU);
· Fertilização in vitro;
· Injeção intracitoplasmática de espermatozóides.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Incidência da Infertilidade

A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que aproximadamente 8-10% dos casais têm algum problema de infertilidade. Na balança mundial, isto significa que 50-80 milhões de pessoas sofrem de infertilidade. Porém, a incidência de infertilidade pode variar de região para região. A percentagem de casais inférteis aumenta de acordo com a idade do casal, principalmente da mulher. Aliás, é possível afirmar que a incidência de infertilidade é directamente proporcional a idade da mulher, isto devido ao facto de os gâmetas femininos já se encontrarem presentes no desenvolvimento embrionário. Desta forma, quanto mais tarde a mulher engravida, mais antigos são os seus gâmetas, logo, mais frequentes são os erros na meiose que levam a que a gravidez não possa ser levada ao seu termo final.

Causas de Infertilidade

A infertilidade humana pode ser afectada por diversos factores tais como a idade do homem, idade da mulher, frequência e técnica do coito, uso de lubrificantes, passado de doenças sexualmente transmissíveis, ingestão de certos medicamentos e exposição a produtos tóxicos.
As principais causas de infertilidade são as seguintes:

Homem:


- Diminuição do número de espermatozóides.
- Pouca mobilidade dos espermatozóides.
- Espermatozóides anormais.
- Ausência da produção de espermatozóides.
- Vasectomia.
- Dificuldades na relação sexual.

Mulher:


- Distúrbios hormonais que impeçam ou dificultem o crescimento e a libertação do Oócito II (ovulação);
- Síndrome de Ovários Policisticos ;
- Problemas nas trompas ou tubas uterinas provocados por infecções, cirurgias;
- Endometriose.
- Laqueação das trompas.
- Muco cervical que impede a passagem dos espermatozóides.

O seguinte esquema demonstra qual a incidência das principais causas de infertilidade:




Tipos de Infertilidade

A infertilidade é uma incapacidade temporária ou permanente em conceber um filho e em levar a gravidez até à sua etapa final
Podemos considerar que existe um problema de infertilidade quando o casal tem relações sexuais, regularmente sem utilizar qualquer método contraceptivo, durante o período de 1-2 anos, sem que ocorra uma gravidez. No entanto, isso não significa que ela não possa ocorrer naturalmente após esse período ou recorrendo a técnicas específicas, uma vez que a infertilidade total, ou esterilidade, é uma situação rara. Desta forma, podemos classificar a infertilidade em dois tipos diferentes:

Infertilidade primária – incapacidade fisiológica de uma primeira gravidez;

Infertilidade secundária – incapacidade fisiológica de uma segunda ou mais gravidezes.